Natural de Salvador, Tiri é um talentoso autodidata que tem contato com a música desde os 12 anos, quando aprendeu seus primeiro acordes no violão. A voz, no entanto, ele só foi se aventurar por volta dos 18 anos, na Banda 70Sambá, e hoje o repertório passeia pelo reggae, axé e ijexá. Tiri cai como uma luva em sucessos como Cordeiro de Nanã, de Os Tincoãs, ou É d’Oxum, de Gerônimo, abrindo a noite de maneira mais intimista, fazendo os casais dançarem juntinhos. Mas não demora muito para ele agitar com Vixe Mainha (Ó neguinha), Beija Flor, da Timbalada, e Malandrinha, de Edson Gomes. Acompanhado por Juninho San, na bateria, e Jean Michael, no baixo, Tiri apresentou a música “Maré”, que ele mesmo compôs com Felipe Barros. A Quincas Berro d’Água aprovou a estreia.
O Samba do Vai Kem Ké começou a noite desfalcado, mas nem por isso capenga. O produtor e percussionista Lomanto Oliveira assumiu o volante e dedicou o show de sexta para Augusto Conceição, impossibilitado por questão de saúde, iniciando os trabalho já em alta velocidade com “Leva o Carro”. Como todo mundo estava alí para sambar, o Vai Kem Ké desfilou sucessos do samba de roda como Quixabeira, de Carlinhos Brown, e Só se vê na Bahia, de Roberto Mendes. As rodas de samba foram se formando e teve cadeirante se jogando no furdunço, em um espetáculo à parte. Imagine que até Aila Menezes, a dona do pagode mais pesado de Salvador, apareceu nas rodas de samba. Moral da História: Na Sexta do Vai Kem Ké, só não foi quem não pôde.
Ficha:
O quê: Sexta do Vai Kem Ké, com Samba do Vai Kem Ké e Tiri
Quando: Sexta-Feira (14 de fevereiro), a partir das 20h
Onde: Largo Quincas Berro D’Água (Pelourinho)
Quanto: Entrada gratuita
O Sexta do Vai Kem Ké faz parte da programação do Projeto Pelô da Bahia, que integra a estrutura do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) na promoção da diversidade cultural, de forma acessível ou gratuita, nos espaços culturais do Pelourinho