Motumbaxé na Tereza Batista



A noite de sábado do Pelourinho foi abençoada pelas entidades da música afro baiana. O Motumbá e o Vitrola Baiana uniram suas texturas sonoras para tecer uma teia musical que foi da percussão mais ancestral aos acordes mais eletrônico: Motumbaxé. Tudo começou com o cortejo da Banda Didá pelas ruas do Centro Histórico, que desembarcou nativos e turistas nas escadarias do Largo Tereza Batista, cuidadosamente decorada para aquela noite que teve ainda as participações especiais de Aila Menezes e Guedez. Cores, luzes, coreografias, música e muita energia; Motumbaxé é a forma correta para se pedir benção e distribuir axé.















Logo após a Banda Didá reunir “Negros, Brancos e Baianos” no largo, a “turistada” ainda estava atônica com os tambores da criação quando as luzes se apagaram e o riff eletrônico de ”Ouro Pouco” ecoou na Tereza Batista. Coitados! Do palco surge uma imensa Vitrola Baiana e os devora de uma bocada só, com seu som pesado e dançante. Megalodon, Pagode Filosófico, Pombo Sujo e com releituras de clássicos como “Deus lhe Pague” de Chico Buarque e “Odara” de Caetano Veloso; o Vitrola literalmente colocou o Bloco na Rua. Ao final dessa primeira metade da noite, o Vitrola Baiana se uniu com Guedez; filho de Alexandre Guedes do Motumbá, para um a transição memorável.
















Mesmo depois de triturados pelos Irmãos Guga e Marcelo, a platéia ainda queria mais. É Justamente essa a especialidade de Alexandre Guedes. O Motumbá deu mais luzes, cores, danças e música, em um show permeado de participações especiais. Começando por Odoyá, com a participação de Lucas y Paz, e acelerando para hits como Fricote (Luiz Caldas), Chorando se Foi (Kaoma), Cada Macaco no seu Galho (Riação) e Vestido de Prata (Jorge Alfredo). No meio do show, Alexandre Guedes me chama uma menina com uma guitarra baiana. Era Agatha Leão que solou dois hinos para os baianos: O hino do Senhor do Bonfim e o Hino dos Carnavais: Vassourinhas. E a noite ainda teve espaço para a maior pagodeira da Bahia, Aila Menezes, que fechou a conta quase colocando o palco abaixo.











Ficha:
O quê: Projeto Motumbaxé com Motumbá e Vitrola Baiana
Quando: Sábado (15 de fevereiro), a partir das 19h
Onde: Largo Tereza Batista (Pelourinho)
Quanto: Entrada gratuita
O Motumbaxé faz parte da programação do Projeto Pelô da Bahia, que integra a estrutura do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) na promoção da diversidade cultural, de forma acessível ou gratuita, nos espaços culturais do Pelourinho.

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