O Largo Quincas Berro d’Água foi o porto seguro, no final de tarde de domingo (31/07/22), para aqueles que já gostam de uma viagem. O projeto Viaje na Nave reuniu as bandas Me Siga e Gravnave para um cruzeiro de ritmos e gêneros musicais em pleno coração do Pelourinho. E a nave seguiu viagem, tendo como farol a luminosa presença do reggae e de seu parente mais baiano: o samba reggae.
A Banda Gravnave abriu o cruzeiro dominical mesclando reggae, hip hop, MPB, maracatu e samba; samba reggae, lógico. Com Faster no vocal, Jackson e Daniel na guitarra e bateria, a Gravnave é uma banda que equilibra muito bem o elétrico e o acústico, com arranjos seguros e por vezes surpreendentes como as releituras De Noite na Cama (Caetano Veloso) e Concrete Jungle (Bob Marley).
É justamente no balanço do reggae que eles mais se destacam: Aonde vai chegar (Coisa feia) do Ponto de Equilíbrio, ou Malandrinha de Edson Gomes, ganham uma brisa nova, assim como os sambas reggae Várias Queixas e Deusa do Amor. E os meninos ainda curtem Nação Zumbi (Praieira), Cássia Eller (Gatas Extraordinárias) e o Rappa (A Minha Alma). Não há planta que a Gravnave não reggae!
A Banda Me Siga abre o show principal em altíssima rotação. Do jeito que Cristiano (vocal) gosta. Lucro: Descomprimindo (BaianaSystem), Anunciação (Alceu Valença), Sina (Djavan), Xodó (Gilberto Gil). A Me Siga é uma banda que preenche o palco e o espaço sonoro com uma das melhores percussões da música baiana.
Entre os instrumentos africanos, misturam-se eletrônicos, guitarra, baixo, tendo como ponto de referência aquilo que o baiano sabe tocar de melhor: Samba Reggae. E a Me Siga segue com Gueto (Iza), Me Deixa (Rappa), Rosa (Olodum), Alagado (Gil) entre muitas outras releituras. Não demora muito tá lá Cristiano no meio do povo, com todo mundo cantando junto. Quem é que não segue um cara desse!?
O Projeto Viaje na Nave, com a Banda Me Siga, abertura da banda Gravnave, é um patrocínio do Governo do Estado da Bahia através da Bahiatursa e faz parte da programação do Projeto Pelô da Bahia, que integra a estrutura do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) na promoção da diversidade cultural, de forma acessível ou gratuita, nos espaços culturais do Pelourinho.