Domingueira boa é aquela que começa cedo, porque segunda-feira é dia de branco. Na Domingueira da Quincas (6/03/22) o samba começou às 18h e foi até às 22h, juntando as bandas A Grande Família e a Somos Cinco para a alegria daqueles que encheram o Largo Quincas Berro d’Água. Não é em todo lugar que você entra com a garantia de certificados de vacina e um relativo distanciamento social para brincar seu Carnaval. Há, é mesmo! O Carnaval já passou! Ou será que não?!
A Somos Cinco abriu a noite com novidades, adicionando um tom jazzístico ao samba com a presença de um saxofone na banda que deu uma nova dinâmica, como visto em Jeito Moleque e A Batucada Te Pegou. É assim que tem que ser! Teve até convidada especial, a cantora Mariana, que não esperou o Carnavally passar e subiu no palco para cantar junto com Fabrício Augusto. Como ela, a Somos Cinco virou Somos Seis e lá foi um festival de samba de rodas como Flor de Laranjeira, que cheira mais que a de aroeira, e Chô Chuá: Cada Macaco no Seu Galho. A Somos Cinco surpreendeu com o repertório novo e som mais encorpado, com muito samba pra gente sambar. E chacoalha aê!
Para encerrar o domingo com chave de ouro, nada de quas, quas, quas, quas! A Grande Família desfilou o melhor do samba, com direito a aula de dancinhas com a plateia. Na Domingueira da Quincas A Grande Família não tem Lineu ou Agostinho! Tem Nilton Passos, Wellington Passos, Francisnei Rios, Eduardo Tavares, Toninho e Edvaldo (Didiu). E que banda! Com Várias Queixas, do Olodum, o grupo foi levando a plateia de mansinho pela Minha História, da Timbalada, até que Alguém me Avisou, de Yvone Lara, que já estava na hora do Samba de Roda. Aí Nilton Passos desce do palco para colocar a galera pra suar na roda de samba. Pra arrebentar de vez, eles cantam Além do Meu Querer, de Arlindo Cruz, numa releitura memorável pra deixar a segunda-feira com saudades do domingo.
O Projeto Domingueira da Quincas, com A Grande Família e abertura Somos Cinco, é um patrocínio da Bahiatursa que faz parte da programação do Projeto Pelô da Bahia, que integra a estrutura do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) na promoção da diversidade cultural, de forma acessível ou gratuita, nos espaços culturais do Pelourinho.
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