O Terremoto Colorido de Aila e Preta




Imagine o encontro de duas imensas placas tectônicas. Foi isso que os sismógrafos do país registraram do encontro de Aila Menezes e Preta Gil, no Baile de Todas as Cores de sábado (08/02). O epicentro do abalo foi no Largo Pedro Archanjo, que ficou “socado” de gente para ver, ouvir e dançar a pagodeira mais pesada da Bahia. Uma noite de surpresas, com lançamento de música, novos dançarinos no palco, convidada ilustre, e com Aila Menezes botando todo mundo pra cima do palco, quando não levava o palco até a platéia. O Terremoto Colorido de Aila Menezes definitivamente aposentou a Escala Richter, que desde sábado foi substituída pela Escala Pelourinho. Se segure porque o Carnaval nem começou!









Enquantos os torcedores do Bahia choravam suas mágoas na Fonte Nova, quem nem ligou pro BAVI e foi ao Pelourinho encontrou Maira Meneze como mestre salas do Largo Pedro Archanjo. A Deejay e cantora aglutinava a plateia com sua impecável playlist, para o anúncio - em contagem regressiva - do Baile de Todas as Cores. E o terremoto começa já no discurso de abertura, com Aila Menezes destacando o papel do artista no abalo sísmico das estruturas que impedem o desenvolvimento justo e responsável do nosso país. E depois do Verbo, veio a Pagodeira.












Aila Menezes estava com vontade de estremecer o Pelourinho tamanha foi a quantidade de pessoas que colocou no palco. Nada foi aleatório. Pagodeira para os homens, enquanto Aila abordava temas como misoginia, machismo, e a liberação do próprio corpo na superação de seus preconceitos. Pagodeira para as gordinhas, tendo como pano de fundo o protesto contra a gordofobia, questionamentos sobre os desafios da mulher em nossa sociedade.  Papo cabeça pra se pensar com os quadris. Mas Aila Menezes não seria esse terremoto caso não abalasse também a libido.










Essa é a parte do Baile de Todas as Cores em que os tremores não foram sentidos no meio ambiente, mas sim dentro dos corpos. Aila Menezes apresentou novos dançarinos, Muca Barreto e Duane Carvalho, sob os olhos atentos de Elivan Nascimento. E o lascivo diálogo contra a homofobia foi encenado com nova parceira, mas nem por isso menos sensual. Se essa primeira onda de tremores já deixava pra trás a Escala Richter, a expectativa do encontro entre Aila e Preta tencionava cada concreto da Pedro Archanjo. E ninguém poderia imaginar que o choque dessas placas pudesse se dar de maneira tão fraternal.











Quando a placa proveniente da plataforma sudeste se encontrou com outra placa, proveniente da plataforma nordeste, o resultado, pasmem, foi lágrimas. Um sentimento fraterno declarado por Aila sobre o apoio recebido de Preta, em suas aventuras e desventuras no Sudeste Maravilha. A calmaria que antecedeu a segunda onda de tremores, desta vez aos gritos e berros de prazer, com Preta de Aila cantando “Din Din Dom” juntinhas. O que se viu foi uma histeria em que ninguém mais conseguia se segurar. Mas take it easy! Aos primeiros Sinais de Fogo, Preta Gil enfia uma uva no céu da boca. E aí? Chupa toda. Depois dessa, entre mortos e feridos, salvaram-se todos.














Ficha:
O quê: Baile de Todas as Cores com Aila Menezes
Quando: Sábado, 08 de fevereiro, a partir das 19h
Onde: Largo Pedro Arcanjo (Pelourinho)
Quanto: Entrada gratuita
O Baile de Todas as Cores faz parte da programação do Projeto Pelô da Bahia, que integra a estrutura do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) na promoção da diversidade cultural, de forma acessível ou gratuita, nos espaços culturais do Pelourinho.

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