Recentemente publicamos uma receita para se fazer Matriz Africana, mas apenas aqueles que compareceram ao jantar, nesta sexta (31/01), no Pelourinho, podem falar sobre o sabor deste raro prato da culinária cultural baiana. É comida bem simples: misture o Motumbá com o Samba do Vai Kem Ké e coloque no fogo da Quincas Berro D'Água das 19h30 até meia noite. Mas o que dá sabor à comida são alguns ingredientes, especiarias raras, que temperam ainda mais aquele cozido. E o caldeirão ferveu tanto que um Largo só foi pouco. A lotação se esgotou a ponto de fecharem a tampa da panela e muita cebola ficou de fora. Eles que descasquem lá, os seus pepinos!
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Samira Reis do Vai Kem Ké |
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Verônica Amorim do Motumbá |
De entrada uma deliciosa Banda Didá, que empodera qualquer culinária cultural com o rufar de seus tambores em perfume feminino. Dois litros de Dendê da marca Dançarinas: Samira Reis, a sambadeira de público do Vai Kem Ké, na certa colocada pelo maestro e chef de cozinha Augusto Conceição para mexer o caldeirão da Matriz em rodas de samba. Verônica Amorim, convidada pelo Motumbá para remexer o caldo de nossa ancestralidade Africana, em noite completamente inspirada. Duas xícaras e meia de Sambadeiras, com Larissa Lima substituída em última hora por uma sambadeira mirim. Rafaela Mustafá e Júlia Carvalho agradeceram.
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Maria Eduarda de Carvalho, a Olga de Éramos Seis |
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Lucas Y Paz |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPWRzUMGOKpP1yUIUXeXthB7LanqRTwZ7aiyZEfBswdJwfiwp5LqkCXERB1RClp6YOqvnW8Tx_jIMoB36BlHdearR4nZv4TSy0xQYv5mvtk6Z1GW9OYpinEHkefSA1K5CtiF471spBo8IF/s640/IMG_9292-ANIMATION.gif)
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Thainá |
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Noélia Marcell |
No caldeirão teve até a presença de artista global, a atriz Maria Eduarda de Carvalho, a Olga de Éramos Seis, enquanto que nas palhinhas, a Banda Somos Cinco tratava de botar mais fogo na lenha do samba de roda. Não podemos esquecer de uma pitada de Lucas Y Paz, um dos autores da canção Odoyá, juntamente Seu Flor e Alexandre Guedes, cantando a própria música. Junte a isso uma porção da cantora Thainá, que surgiu do nada, no meio de tudo. Mas a pimenta ficou por conta de Noélia Marcell, que arrancou aplausos dos presentes até lhes arderem as mãos! Para quem não compareceu ao primeiro jantar do ano da Matriz Africana, segue a receita para fazer em casa. Por sua própria conta.
Receita de Matriz Africana
(cozinhe ao som de Vatapá, Dorival Caymmi)
A Matriz Africana, ô
Não dá pra esquecer
Foi o Vai Kem Ké
Depois Motumbá
Um bocado de nêga baiana, ô
Que sabe sambá
Que sabe sambá
Que sabe sambá
(repete)
Bota a Banda da Didá
Um bocadinho mais
A Banda Somos Cinco
Um bocadinho mais
(repete)
Chama Y Paz que também é autor
Para cantar Odoyá
Até artista global em visita
Também quis ir pra lá.
Não para de mexer, ô
Que é pra não embolar
Noélia Marcel
Não deixa queimar
Verônica Amorim
é uma nêga ô
Que sabe dançar
Que sabe dançar
Que sabe dançar
(repete)
Ficha:
O quê: Projeto Matriz Africana
Quando: Sexta Feira (31 de janeiro), a partir das 19h
Onde: Largo Quincas Berro D'Água (Pelourinho)
Quanto: Entrada gratuita
A Matriz Africana faz parte da programação do Projeto Pelô da Bahia, que integra a estrutura do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) na promoção da diversidade cultural, de forma acessível ou gratuita, nos espaços culturais do Pelourinho.