Não é todo mundo que enche uma praça do Pelourinho numa noite de verão pleno em que Salvador está fervendo de shows. Mas quem disse que Lucas Melo é qualquer um? O primeiro “Axé pra quem vier” de 2020 lotou o Largo Tereza Batista na noite de sábado (18/01), deixando o Pelourinho com cara de "encontro de trios" , com a Banda Didá e ninguém menos que Aila Menezes se juntando a Lucas Melo. E Lucas libertou o grito de Carnaval da garganta do Pelô.
Quem foi no arrastão da Banda Didá nem tinha ideia de onde ia parar. Mas de lá não saiu. A criação de Neguinho do Samba foi embalando os desavisados pelas ruas do Pelourinho até a Tereza Batista, numa apoteose rítmica aplaudida na batida do samba reggae. É quando se ouve ao fundo o som de uma astronave anunciando que o mundo vai se acabar no swing de Lucas Melo. Sorte daqueles que embarcaram.
Não demora pra Lucas Melo chegar no palco lembrando a todos que já pintou o Verão, "calor no coração", e que a festa já vai começar. E chame gente, porque o largo já estava cheio mas não seria por isso que não caberia mais. O que se via em todos os cantos, “encantos e axé”, era gente dançando na Tereza Batista. E imagine só essa loucura de misturar frevo, samba-reggae, pagode, ijexá, com Lucas Melo desfilando sucessos que batem em nossa memória ancestral.
Mas ainda faltava a cereja do bolo, e ela chegou redondinha e gostosa. A toda boa, Aila Menezes, chegou no palco do Axé com vontade de “pagodar”, deixando os cariocas presentes sem entender nada sobre a diferença entre o pagode romântico do sul e a pagodeira swingada pela baianidade nagô. E o palco explodiu com a mistura bombástica entre Lucas Melo e Aila Menezes; tipo Axé de Todas as Cores. Aí, meu irmão!, ninguém nem lembrava que ainda era janeiro e o verdadeiro enxame de gente se rendeu ao Carnaval
Ficha:
O quê:Axé pra quem vier com Lucas Melo
Quando: sábado (18 de janeiro), a partir das 19:h
Onde: Largo Tereza Batista (Pelourinho)
Quanto: Entrada gratuita
”Axé pra quem vier” é parte da programação do Projeto Pelô da Bahia, que integra a estrutura do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) na promoção da diversidade cultural, de forma acessível ou gratuita, nos espaços culturais do Pelourinho.
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